Sunday, March 11, 2007

A residência

Bem depois da descrição da outra vez tenho de dar boas notícias para compensar.
Lembram-se de ter falado que achava que era preciso código para entrar. Pois é, no dia seguinte quando estava a entrar no prédio durante o dia fez-se luz na minha cabeça. Aquilo que de noite não conseguia ver bem e tinha assumido que era a ranhura para passar um cartão (à semelhança de todos os outros sistemas de código nos prédios em Estocolmo) estava coberto com borracha e tinha um símbolo de ondas a sair de um ponto do género do símbolo de rede wireless. Somei dois mais dois e olhei para o porta-chaves e realmente por dentro tem algo de metal do tamanho de uma moeda. Passando o porta-chaves em frente do sistema de código a porta abre automaticamente. Ok não era difícil mas sem a luminosidade do dia para ver o símbolo de wireless não teria chegado lá.
Quanto ao estado da cozinha (que acreditem que a foto não fez justiça), já está muito melhor. A pessoa com quem divido a cozinha é um alemão (chama-se Holger) e nem sabia que tinha um inquilino novo ao lado. É bastante simpático embora um pouco recatado. Normalmente nem se dá por ele excepto quando toca o fagote (ele está em duas orquestras) e quando se parte a rir a ver TV (é fã incondicional de programas como o Dança comigo e ídolos). Parece que ele evitava ao máximo o rapaz grego que estava antes e isso incluía a cozinha e as nojices que o outro fazia. O grego não limpava nada, sujava tudo, cozinhava e fumava com tudo fechado deixando um cheiro enorme e qualquer reclamação do Holger para que ele abrisse a janela qd fumava ou cozinhava (o que já era mt permissivo dado que aqui n se fuma dentro dos edifícios e ponto final) resultava num: “fecha a porta do teu quarto”. Quando se foi embora o grego aproveitou e roubou umas cenas incluindo utensílios de cozinha (nos quais uma faca boa do Holger) e um colchão que era suposto eu ter no meu quarto para visitas e em troca deixou alimentos estragados. Para além disso não imaginam as coisas estranhas que tenho afixadas no meu quarto, tais como recortes de jornais que o meu parco sueco indica que sejam a relatar rusgas da policia a zonas de prostituição e bordéis, diversos cartões de bares de strip, etc. Também tenho coisas mais úteis como sejam mapas e horários de autocarros mas isso o Holger disse-me que era do tipo que estava antes do grego. Não sei se foi por ter mandado logo a dica de como é que ele suportava viver assim, mas na verdade o alemão tem sido super asseado lol.
Quanto ao resto, parece que é uma guerra no fds para a lavandaria desde que há dois meses aboliram o sistema de reserva das máquinas, isto porque a grande maioria dos habitantes não são estudantes e trabalham durante a semana tal como eu. O Holger avisou-me logo que ia ser complicado para mim conseguir uma brecha para lavar as minhas coisas. O mais chato deste sítio é ser ainda longe de Estocolmo e demorar hora e meia a chegar ao trabalho.

1 comment:

Nemesis said...

Olá Ric!
Pois é... vida de trabalhador é dificil... a quem o dizes! Bem vindo ao mundo de quem demora 1 hora e meia a chegar ao trab:S Mas em compensação temos mto tempo de introspecção ao longo do caminho;)
Mts beijinhos e continuação de boa aventura!:):):)